O que disseram vereadores e empresários sobre proibição dos canudos de plásticos, em São Paulo

 

A persistirem os sintomas, será proibido fornecer canudos de plástico na cidade de São Paulo. O projeto de lei foi aprovado em primeira votação,  com 41 votos a favor e dois contra, na Câmara Municipal de São Paulo, nessa quarta-feira, dia 27 de fevereiro. Para virar lei, tem de passar por segunda votação, que só deve ocorrer uma semana depois do Carnaval, e ser sancionado pelo prefeito Bruno Covas.

 

Pelo projeto, os canudos plásticos não poderão ser fornecidos em hotéis, restaurantes, bares, padarias, clubes noturnos, salões de dança e eventos musicais, na capital paulista. Quem descumprir a norma, será primeiro advertido; se insistir, paga multa de R$ 1 mil; se persistir, o valor dobra a cada nova autuação; na sexta vez, corre o risco de ter o estabelecimento fechado e ainda pagar R$ 8 mil de multa.

 

O que disseram vereadores, empresários e entidades sobre o projeto de lei 99/2018

 

Reginaldo Tripoli, autor do projeto (PV) — Diz que o PL despertará a consciência do cidadão quanto ao uso do plástico e ao descarte correto do material: “Que os plásticos, os papéis, todos os produtos recicláveis, voltem ao mercado. Que eles tenham uma vida mais longa, não sejam descartados nos rios, indo para os mares ou para o aterro sanitário”

 

Soninha (PPS) — É a favor por considerar um reforço a defesa do meio ambiente: “É possível usar outros tipos de canudo. Algumas pessoas têm a necessidade de usar o canudinho para a ingestão de líquidos e de alimentos, mas não é aquele que você usa uma vez e joga fora”

 

Fernando Holiday (DEM) — É contra o PL: “enquanto a gente não resolver estes problemas (do descarte de resíduos sólidos), medidas como a proibição do canudinho plástica acabam sendo um verdadeiro placebo”

 

Janaína Lima (NOVO) — É contra e diz que tem de se investir é na educação da sociedade: “precisamos explicar os efeitos nocivos do plástico. Não é proibindo o canudinho, que representa 0,03% de todos os plásticos que poluem e contaminam os rios”.

 

Miguel Bahiense Neto (Plastivida): a medida pode impactar a indústria e o correto seria que as pessoas destinassem o canudo de uma forma correta, que não prejudique o meio ambiente.

 

ANR (Associação Nacional dos Restaurantes) — é  a favor da medida mas diz que “muitas empresas têm um estoque elevado dos materiais plásticos. […] Os fabricantes alegam que necessitam de mais tempo para produzir canudos biodegradáveis para atender às necessidades do mercado”