'Nova Luz': moradores e comerciantes manifestam preocupação

Cerca de 200 pessoas participaram de audiência pública nesta terça-feira na Câmara Municipal de São Paulo para discutir o andamento do projeto Nova Luz, que prevê a revitalização da região da Luz e da Santa Ifigênia, no Centro da cidade. O debate, convocado pela Comissão de Orçamento e Finanças, foi tomado principalmente por moradores e comerciantes do entorno, que estão receosos com as mudanças propostas.

Segundo Joseph Hanna Fares Riachi, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas da Santa Ifigênia, o bairro cresceu por conta própria, e se hoje há interesse na região é por conta da especulação imobiliária. Além dele, outros participantes da audiência afirmaram que não há formalmente nenhuma garantia de que não haverá desapropriações.

Para Joseph, a imagem de degradação e de ocupação pela Cracolândia constantemente divulgada da área que daria espaço à Nova Luz corresponde somente a uma parte da realidade e ocorre, principalmente, por negligência do governo.

O secretário de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, que participou da audiência pública e apresentou os principais aspectos da intervenção urbanística, afirmou que “o projeto prevê a transformação gradual da área e quer garantir que as pessoas que estão lá possam permanecer”.

Ele disse ainda que “os direitos de cada proprietário são preservados pela legislação federal que disciplina desapropriações e fundo de comércio na eventualidade deles ocorrerem, e o projeto deseja que as transformações ocorram por meio de acordos”.

Nova Luz
“Uma oportunidade de transformar a cidade”. Com essas palavras o secretário de Desenvolvimento Urbano apresentou o projeto Nova Luz na audiência pública desta terça-feira. Trata-se de um plano urbanístico que pretende revitalizar o Centro de São Paulo, no polígono formado pelas avenidas Ipiranga, São João, Duque de Caxias, Cásper Líbero e rua Mauá.

Por meio de licitação, em 2009 foi decidido que o programa Nova Luz seria executado por um consórcio que compreende as empresas Concremat, Cia City e AECOM, além da Fundação Getúlio Vargas, que dividem funções.

 

De acordo com o secretário, o projeto definitivo será entregue no fim de maio para licenciamento. O orçamento do plano urbanístico é de mais de R$ 1 bilhão.

 

Fonte: Portal da CMSP