Adote um Vereador: somos mais do que os cinco, mas queremos ser 55

Por Mílton Jung

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Ricardo Viana já avançou o sinal: vai se encontrar cara a cara com a vereadora Aline Cardoso, do PSDB, e leva em mãos uma lista de perguntas. Publicará tudo na sua página no Facebook. Ele mesmo já incentivou amigos próximos que decidiram acompanhar o trabalho do vereador Eduardo Tuma, também do PSDB.

 

Alecir já é velho conhecido de guerra e não se conteve: no blog Fiscalizando a Câmara Municipal, além de soltar o verbo em relação ao que acontece no legislativo paulistano, vai focar seu olhar na vereadora Adriana Ramalho, outra do PSDB.

 

Os dois estiveram com a gente no segundo encontro do Adote um Vereador, deste ano, no café do Pateo do Colégio, centro de São Paulo. Aproveitaram para compartilhar com os demais parte do que estão ou pretendem fazer na fiscalização dos vereadores.

 

Especialmente Viana que é recém-chegado tirou dúvidas sobre o comportamento que deve ter na realização do trabalho de controle sobre o que faz o vereador adotado (no caso, vereadora).

 

Como sempre, lá na mesa tinha mais gente interessada em saber como colaborar com o trabalho que realizamos além de muitos que já colaboram por outros caminhos: no conselho participativo, no conselho de segurança, na cobrança do que fazem prefeitos regionais, na mobilização de vizinhos para garantir melhorias no bairro em que moram.

 

A Rute, o Saul e o Sílvio disseram que estão olhando a lista dos que assumiram postos na Câmara este ano para ver se encontram alguém a fiscalizar, mas cada um de sua maneira já arregaçou as mangas para ver se consegue melhorar alguma coisa no nosso cotidiano.

 

Lá estiveram ainda a Flávia, o Thiago, o Moty, a Lucia, a Silma e o Sandro. (Será que esqueci de alguém?)

 

O Adote é assim mesmo: um catalizador de pessoas interessadas em influenciar no que acontece na sua cidade, sem que necessariamente essas pessoas acompanhem exclusivamente um vereador. Querem falar, trocar assunto, ouvir outras opiniões, discutir e discordar. Se der, concordar, também.

 

Tem os que nunca apareceram por lá, mas estão por aí dispostos a encarar o desafio de adotar um vereador. Por exemplo, o Wilson Takeo  :  pelo Facebook se comprometeu em fiscalizar o trabalho de Janaína Lima, do Partido Novo. Estamos ansiosos que ele inicie a postagem dos temas que considera relevantes envolvendo a vereadora.

 

O vereador Fernando Holiday, do DEM, também ganhou um “padrinho” que se identifica apenas como RRParente e tem reproduzido em sua página do Facebook e em um blog o material de divulgação do vereador mais jovem da Câmara Municipal.

 

Aproveitei o encontro para compartilhar com todos o interesse que surgiu em Goiânia e Cuiabá. Recebemos contato de alguns moradores das duas capitais querendo saber se precisam de autorização para lançar o Adote. Claro que não.

 

Desde que o  Adote  surgiu em São Paulo, em 2008, temos feito questão de mostrar que nossa intenção é que as pessoas peguem a ideia para si e a desenvolva da maneira que achar melhor. Pode ser individualmente, em grupo, no “face to face” ou só no Face.

 

O que sugerimos?

 

Escolha um vereador da sua cidade, levante as informações sobre ele e as publique em um espaço no qual outras pessoas possam acompanhar.

 

O melhor dos mundos é que você compartilhe essa informação desenvolvendo senso crítico em torno dos temas discutidos. Mais do que informar o projeto de lei que o vereador apresentou ou votou, diga o que você acha desta atitude. Além de ver o que ele está gastando para manter seu gabinete, pense se aquele dinheiro poderia ser melhor aplicado.

 

Neste ano, cinco já se comprometeram a fiscalizar, monitorar e controlar um vereador em São Paulo. Como você pode perceber neste texto, apesar disso somos mais do que esses cinco. Mas queremos mesmo é ser 55 – número de vereadores eleitos na cidade. Nos ajude a ampliar esta ideia.