Câmara Municipal de SP melhorou mas ainda é ruim na função de legislar
Um dos critérios avaliados pelo eleitor ao escolher seu candidato é entender como o vereador, aquele que já ocupa uma vaga na Câmara Municipal, se comportou nos últimos quatro anos: propôs projetos de lei, esses projetos tinham impacto na cidade, votou em favor de boas ideias, fiscalizou o trabalho do prefeito e da prefeitura?
Para ajudar nesta avaliação o Observatório Social do Brasil divulgou nesta semana o segundo relatório de avaliação da Câmara Municipal de São Paulo.
Faço aqui um resumo do que foi identificado na comparação de desempenho no período de 2017 a 2019:
Ano passado, a Câmara melhorou em dois critérios:
O de promovedora — é quando os vereadores exercem seu papel legislador. Não se entusiasme muito, porém: passou de 2,5 e 3,5, nos dois primeiros anos, para 3,75, em 2019.
E o de cooperadora —- quando discute e aprova projetos do Executivo que são de interesse da cidade. Ficou com média 5,2, em 2019. Melhor do que em 2018, pior do que em 2017.
Houve piora de desempenho, por curiosidade, nos dois critérios em que as notas costumam ser mais altas desde o início da avaliação:
Como fiscalizadora, média baixou de 7,3, em 2018, para 6,3, no ano passado.
E como transparente, ficou com 6,1, depois de ter alcançando 6,8, em 2018.
A Câmara não conseguiu ter média considerada boa em nenhum dos critérios avaliados; na função de legislar, mesmo que tenha melhorado, segue com conceito ruim. Sua melhor performance ainda é no papel de fiscalizadora do Executivo.