Após 33 dias de recesso, cinco vereadores faltam na 1ª sessão de agosto
Após 33 dias de recesso, 50 dos 55 vereadores paulistanos voltaram hoje (1/08) aos trabalhos de plenário em clima de confraternização e sem acordo para colocar novas propostas em votação. Cinco parlamentares, porém, não voltaram no dia marcado – Andrea Matarazzo (PSDB), Alessandro Guedes (PT), Nabil Bonduki (PT), Noemi Nonato (PSB) e David Soares (PSD).
Um dos ausentes, Matarazzo, que está em Nova York, informou à Mesa Diretora que tirou licença para “tratar de assuntos particulares”. Mas em sua página no Facebook o tucano chegou a comentar, pela manhã, sobre a volta aos trabalhos. “Bom dia! Hoje retomaremos os trabalhos legislativos. Entenda o que é o Plano Diretor Estratégtico (PDE) e as principais pautas que discutiremos na Comissão de Política Urbana, que presido”, afirmou o vereador em sua página na rede social.
Guedes e Noemi Nonato informaram que vão apresentar justificativas para suas ausências na volta aos trabalhos. Bonduki informou que estava em “atividade de pesquisa científica” e que também vai justificar a falta, que resulta em desconto de R$ 610 no salário de R$ 15,2 mil mensais dos parlamentares. Soares não foi localizado pela reportagem. A assessoria de Matarazzo informou que ele justificou sua ausência e que ele estava presente na Casa durante o recesso.
O plenário na primeira sessão ordinária do segundo semestre ficou cheio apenas no início, quando os parlamentares registravam suas presenças e já iam embora. O primeiro a falar no microfone foi o vereador Marquito (PTB), que declarou estar com saudades de seu líder de bancada, Paulo Frange (PTB).
Em seguida, uma série de discursos marcados por obviedades sobre transporte e urbanismo. Líder do PT, Alfredinho falou sobre a “ocupação desordenada da cidade”. Edir Sales (PSD) elogiou a iniciativa da Prefeitura em construir novos corredores de ônibus. Juliana Cardoso (PT) elogiou o trabalho das tropas brasileiras no Haiti.
A sessão correu em clima morno. O decano Wadih Mutran (PP) chegou meia hora atrasado, recebeu um beijo no rosto de Roberto Tripoli (PV) e deixou o plenário em seguida. “Não há motivos para ser otimista com a Câmara no segundo semestre. O governo interferiu para criar uma CPI dos Transportes chapa branca e criou uma maioria que não tem o que apresentar. Isso gera um baixo astral muito grande”, comentou Gilberto Natalini (PV), um dos únicos opositores à gestão Fernando Haddad (PT).
Antes das 18 horas a sessão já havia terminado. A primeira sessão com votações de projetos deve ocorrer na terça-feira. Para o segundo semestre uma das prioridades do Legislativo será a análise do novo Plano Diretor, previsto para ser concluído pelo Executivo até o final de setembro.