Encontro do Adote um Vereador: tinha tudo para dar errado e não é que deu tudo certo
Tinha tudo para dar errado.
Nunca nos encontramos em janeiro e sempre nos encontramos no segundo sábado do mês.
Era janeiro e este era o terceiro sábado do mês.
O Alecir nunca falta, mas tinha um casamento na agenda. Que a festa tenha sido à altura do merecimento dos envolvidos. Vida longa para o casal!
A Sílvia que sempre aparece, havia reservado o período para visitar os parentes. O que é muito saudável.
O Mário, que havia convocado nosso “Carnaval fora de época”, foi ao interior para atender uma emergência. E temos certeza de que lá a presença dele foi de profunda importância. Nossa solidariedade.
Ao chegar no café do Pateo do Collegio, onde o Adote um Vereador, em São Paulo, se encontra, até que havia bastante gente. Muita mais gente do que estamos acostumados a ver por ali. Eram turistas querendo conhecer detalhes do local em que São Paulo foi fundada há 462 anos.
Fico feliz em perceber o interesse das pessoas por aquele espaço. Mas nenhum estava lá para o nosso encontro.
Diante do movimento, restava uma mesa com quatro lugares, que ocupei com a expectativa de que seria suficiente para receber os demais. Ledo engano. Ainda não havia terminado de almoçar e a Lúcia já se aprochegava com as compras feitas no comércio popular das redondezas. Em seguida, apareceu o casal que inspira nossas lutas cidadãs: Danilo e Sonia. Não demorou muito para o Saul, a Silma, a Rute, a Gabi, o Sandro, o Moty e o Marcos se juntarem a nós.
Era gente mais do que suficiente para buscarmos mesa maior e colocarmos o assunto em dia. E assunto não faltou (e logo encontramos outra mesa).
Soubemos que os novos conselheiros das subprefeituras vão tomar posse no dia 25 de janeiro, data de aniversário da cidade. A Rute e a Gabi, que estavam à mesa, foram eleita e sinalizaram entusiasmo para o próximo mandato, apesar de incomodadas com a falta de estrutura para essas organizações influenciarem as ações dos subprefeitos.
A eleição direta para subprefeitos, proposta pelo prefeito Fernando Haddad, esteve no nosso cardápio, também. Eu já disse que sou a favor, com participação de partidos e candidaturas avulsas, mas na mesa havia votos contrários e desconfiados, sensação que se justifica dadas as referências que temos de partidos e políticos, no Brasil. Insisto, porém, que ambos são necessários na democracia, temos é que usar as ferramentas disponíveis para melhorar o funcionamento dessas instituições.
O Adote um Vereador está aí, desde 2008, exatamente com esta proposta: inspirar o cidadão a influenciar nos destinos da sua cidade a partir da fiscalização do trabalho dos vereadores. Sugerir mudanças e cobrar respeito. Denunciar condutas impróprias e mobilizar as pessoas.
Nossa causa costuma ganhar adeptos em ano de eleição municipal, por isso estamos confiantes de que este 2016 será importante para darmos nova dimensão ao trabalho do Adote um Vereador. No encontro deste sábado, apresentamos alguns dos vídeos que pretendemos espalhar nas redes sociais nos quais falamos sobre nossa experiência e convidamos outras pessoas a vivenciarem esta mesma sensação.
E foi quando rodei os vídeos que percebi: o Mário estava ali com a gente, o Alecir e a Sílvia, também. Tinha ainda o Bruno, recém-chegado e com palavras inspiradoras já gravadas. Havia, também, um pouco da história de todos aqueles que estiveram conosco em algum momento desde a criação do Adote e já sentaram à mesa conosco no café do Pateo do Collegio.
Ao fim e ao cabo, aquilo que tinha tudo para dar errado, deu certo! Mais uma vez, deu certo!