Plano Diretor de São Paulo é aprovado na Câmara Municipal
Matéria publicada originalmente pelo Estadão.com.br
Adriana Ferraz e Bárbara Ferreira Santos
44 dos 55 vereadores foram favoráveis à proposta que vai gerir crescimento da cidade pelos próximos 16 anos
Remendado por dezenas de emendas parlamentares desde o fim de abril, quando o projeto recebeu a primeira aprovação em plenário, o projeto definitivo sofreu algumas alterações importantes até obter o mínimo de 33 votos favoráveis. O placar foi acompanhado por um grupo de sem-teto que acampava dentro do plenário desde a última terça-feira.
O Plano Diretor traça as diretrizes para o crescimento da cidade pelos próximos 16 anos. Na lista de avenidas que devem concentrar esse adensamento populacional estão, por exemplo, a Chucri Zaidan, na zona sul, a Inajar de Souza, na zona leste, e a Jacu-Pêssego, na zona leste. A permissão vale para bairros já bastante verticalizados, como Moema, Morumbi, Lapa e Itaim-Bibi.
Ao redor dos eixos de transporte público, as novas torres oferecerão unidades com 80 metros quadrados, em média, e comércio nos andares térreos - ao menos é essa a diretriz para a liberação do potencial máximo de construção, que é 4 (ou seja, a verticalização poderá ser de 4 vezes o tamanho do terreno). Com as novas regras, a oferta de garagens não será incentivada, para que o transporte público se torne opção para mais paulistanos.
Para somar o apoio necessário, no entanto, coube ao prefeito Fernando Haddad (PT) assegurar a representantes da base aliada maior participação nas subprefeituras, além de contemplar no texto final boa parte de suas demandas regionais. As concessões devem assegurar ao prefeito mais tranquilidade da votação de outros projetos do Executivo parados na Casa.