Presidente da CMSP debate em conferência do Instituto Ethos
RenattodSousa
O que fazer para tornar São Paulo uma cidade sustentável. Este foi o grande objetivo da Conferência Ethos 2011, realizada pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, encerrado nesta terça (9). O tema deste ano foi “Protagonistas de uma Nova Economia - rumo à Rio + 20”.
Realizado anualmente, o evento busca identificar os avanços e os gargalos para a transição a uma economia inclusiva, verde e responsável. Em um dos painéis realizados nesta terça, o presidente da Câmara Municipal, vereador José Police Neto (sem partido), participou de um debate sobre ‘ Cidades sustentáveis’.
O vereador fez uma apresentação em que defendeu o Plano de Bairro – realizado, por exemplo, no Distrito de Perus, com o objetivo de detectar as principais dificuldades do local e desenvolver ações específicas para saná-las. “Precisamos incentivar para que não apenas um dos distritos tenha o seu Plano de Bairro. Cada região de São Paulo tem a sua potencialidade e é fundamental que o desenvolvimento não seja apenas no centro, mas em todos os locais”, afirmou. “É necessário termos uma economia equilibrada, uma sociedade igualitária em que os serviços sociais sejam de qualidade e acessíveis a todos.”
O coordenador geral da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, também participou deste painel e argumentou que todos os setores da sociedade têm um papel crucial no desenvolvimento com sustentabilidade. “Só será possível construir uma cidade sustentável se o processo, realizado por entidades, cidadãos e o poder público for sustentável”.
Conferência do Instituto Ethos
A edição de 2011 da conferência começou na segunda (8) e reuniu cerca de mil pessoas. No primeiro dia, foram realizados debates com o seguintes temas: ‘Nova economia: includente, verde e responsável’; ‘Governança na nova economia’; ‘Novos padrões de produção e consumo para a sustentabilidade’; ‘Inovação para a sustentabilidade’; ‘Os impactos de um novo código florestal’; ‘Direitos humanos’ e ‘Financiamento da nova economia’.
Representantes de empresas como Wal-Mart, Alcoa América Latina e Caribe, Natura, CPFL Energia, dos Institutos Ethos e de Defesa do Consumidor (Idec), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), universidades e secretarias de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) participaram do primeiro dia de discussões.
“Esse evento é importante porque reúne empresas, sociedade e governo. E, com isso, podemos pensar juntos em melhorias para um desenvolvimento sustentável. Além disso, percebemos que as empresas também estão atuando com um novo modelo de economia”, disse o presidente do Instituto Ethos, Jorge Abrahão.
Neste último dia, além de cidades sustentáveis, os painéis abordaram temas como Energia; Biodiversidade; Resíduos sólidos; Mudanças climáticas e os impactos na nova economia; Infraestrutura para a nova economia; Erradicação da miséria; Trabalho decente e empregos verdes; Educação para a sustentabilidade; Gestão da água; Integridade e transparência; Rio+20.
Foi realizada uma Oficina sobre a conferência Rio+20, onde os participantes puderam elaborar recomendações a serem agregadas a um documento de contribuições para a Rio +20 – que será realizado no próximo ano com o objetivo de renovar o engajamento dos líderes mundiais com o desenvolvimento sustentável do planeta, vinte anos após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, mais conhecida como Rio-92.
Fonte: Portal da CMSP