Vereador quer investigação sobre Arco do Futuro

RenattodSousa

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O vereador Gilberto Natalini (PV) anunciou durante a sessão desta quinta-feira (21) na Câmara Municipal que fez uma representação no Ministério Público para que seja investigado um comunicado de chamamento emitido pela Prefeitura no início desse mês. O documento convoca empresas a manifestarem interesse na elaboração e apresentação de estudos de transformação urbana do chamado Arco Tietê, parte do projeto Arco do Futuro.

Para Natalini, há indícios de que o documento privilegie a empreiteira Odebrecht. Para o parlamentar, é suspeito o fato de o prefeito ter visitado em dezembro do ano passado as obras do projeto Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, a convite da empresa. A Odebretch estaria entre as interessadas em participar do projeto paulistano.

“Diante desses fatos, diante dessas suspeitas, estou encaminhando para o Ministério Público uma representação para que ele possa verificar a possibilidade de haver algum direcionamento nesse chamamento para a Odebrecht”, declarou o vereador.

Nabil Bonduki (PT) rebateu as declarações. O comunicado de chamamento, segundo o petista, é uma maneira de ampliar a discussão sobre o projeto. “Esse edital de manifestação de interesse no projeto está relacionado, na verdade, à possibilidade de diferentes setores da sociedade, empresas, grupos profissionais, poderem se manifestar para que a discussão do Arco do Futuro, como ele será implementado, possa ser fruto de um amplo debate público”, disse. “Não há, de maneira nenhuma, perspectiva de direcionamento.”

FRENTE PARLAMENTAR
Durante o debate em torno da representação, Paulo Fiorillo (PT) divulgou que apresentará a proposta de criação de uma frente parlamentar que reunirá vereadores para debater o projeto do executivo.

“Eu estou apresentando uma proposta de Frente Parlamentar de Apoio ao Arco do Futuro, para que essa Câmara, em sua totalidade, possa se envolver com esse debate”, afirmou Fiorillo. “Discutir quais são as ações importantes para melhorar a qualidade de vida de quem mora na Zona Leste, na Zona Sul, na Zona Norte, fazer com que as pessoas participem desse debate. Esse é o grande desafio”, disse.

Fonte: Portal da CMSP